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quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Cuidado com os Pet Shop's




A Polícia Civil de Orlândia, município de São Paulo, vai investigar a morte de um cão de 11 meses em um pet shop da cidade, na sexta-feira (20). Há indícios de maus-tratos. A Polícia Civil da cidade informou que vai ouvir ainda nesta semana a proprietária do pet shop.
Andrade, tutor de Tony, diz que o cachorro foi levado para banho e morreu trancado no veículo da empresa, onde ficou horas esquecido. Já a proprietária do pet shop admite ter esquecido o animal, mas diz que ele ficou dentro da loja, não do veículo.
Tony foi levado para o banho às 9h segundo Andrade, horas se passaram, e sua irmã resolveu ligar para o pet shop, por volta das 16h, e que chegou a ser informada que o animal já havia sido entregue.
Mais tarde, contou Andrade, a família conseguiu falar com a veterinária responsável pelo pet shop, e ela disse que Tony havia sido esquecido na caixa de transporte dentro do carro e que havia morrido.
Ainda segundo o tutor, a veterinária assumiu o erro e disse que lhe daria um novo cachorro. A família ainda não se decidiu se aceitará a proposta. “Não é a mesma coisa. Mas imagina se fosse uma criança? Ela me daria outra de volta?”, afirmou o consultor.
Em entrevista à Folha a médica veterinária Cíntia Fonseca, proprietária do pet shop, negou que o cachorro tenha sido esquecido dentro do carro. Porém admitiu que Tony foi esquecido no banho e tosa dentro do pet shop. Disse ainda que foi um “erro imperdoável” de sua parte e que cometeu uma “falha gravíssima”.

Fonte: ANDA

Incompetência galopante




Uma dona de casa denunciou um veterinário de ter colado com cola instantânea a pata de uma cadela da raça poodle, de 4 meses, que havia sofrido uma fratura em São Manuel (259 km de São Paulo). Agora, o animal corre o risco de ter o membro amputado.
“Levei a Radija ao pet shop, e lá o veterinário atendeu ela em cima do balcão mesmo. Ele disse que não poderia fazer nada, que era uma fratura e teria que imobilizar. Pegou um tubo de Super Bonder e utilizou para colar a patinha dela e depois prender a perninha contra o peito”, afirmou Kelly Cristina, que ainda relatou ele cobrou, além da consulta, o dobro do preço do tubo da cola. “O outro veterinário disse que só poderia rir do que foi feito, que não era correto esse tipo de tratamento e que deveríamos tirar toda a cola, fazer uma radiografia e medicar a cadelinha”, disse ela.
O filhote ficou com a parte do corpo grudada pela cola queimada. Além disso, pelo e pele da região caíram. Kelly registrou um boletim de ocorrência por maus-tratos contra o veterinário, e a polícia de São Manuel abriu investigação para apurar a denúncia.
Veterinário diz que já usou cola outras vezes
O veterinário Airton Romão, responsável pelo pela aplicação da cola instantânea, disse que é um procedimento comum no meio veterinário e afirmou que não cometeu crime. “Já fiz esse tipo de tratamento por diversas vezes. Sou formado há mais de 30 anos pela Faculdade de Medicina Veterinário da Unesp de Botucatu. Já tratei, com eficiência, desta maneira cabritos, aves e tartaruga. É algo comum para fraturas. O esparadrapo, tão utilizado na Medicina, também tem cola, mas é com menor intensidade. O que eu precisava neste caso era algo mais forte e utilizei o Super Bonder, com consentimento da tutora do animal. Mas essa cola deveria ter ficado 30 dias, agora não sei a maneira que foi retirada da cachorrinha, que certamente deve ter ficado machucada”, afirmou.
Ele não concordou com a acusação de maus-tratos. “Maus-tratos? Para mim é o contrário. Estava cuidando do animal, mas depois o caso foi passado para outro veterinário, que assumiu as responsabilidades”, disse.
A reportagem entrou em contato com o grupo de docentes da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Unesp de Botucatu, que afirmaram que existem trabalhos na literatura veterinária sobre o uso de colas instantâneas em fraturas, mas todos em caráter experimental e com resultados controversos. Os docentes ainda afirmaram que a faculdade não utiliza tal procedimento em seus atendimentos e estão à disposição para cuidar da cadela Radija.

Fonte: ANDA

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Matéria interessantíssima no jornal Pravda




Crimes contra animais: a consagração da impunidade

20.01.2012

Por Marli Moraes 

Atos bárbaros contra os bichos sempre ocorreram desde o primeiro contato nosso com os que chegaram aqui há milênios e sempre ocorrerão porque vemos nas espécies não-humanas apenas objetos com as mais variadas serventias.

Muitas barbaridades foram cometidas em nome de qualquer coisa, sejam nos rituais religiosos, nos circos, nas arenas de touradas, nas caçadas reais, nos matadouros, nos criadouros, nas universidades e laboratórios onde sádicos torturam e matam em nome da ciência e a maioria dessas crueldades tem carimbo oficial, reconhecidas por leis e outras desculpas e se tornam convenientemente aceitáveis pela sociedade por serem legalizadas, ou seja, oficializam a matança; o que não nos impede de combatê-las, de mostrarmos o lado obscuro e cruel dessas atividades.


É uma luta desigual, mas não desistiremos. 
A diferença é que em certas situações, essa agressividade pode e deve ser contida pela punição proporcional ao ato, que de modo nenhum pode e deve ser considerado de menor potencial ofensivo, expressão debochada sobre os gritos de dor de um bicho sendo torturado.


Em outra ponta encontramos os crimes individualizados, no varejo, atualmente muito divulgados pela imprensa que localizou nas redes sociais da internet os Movimentos de Defesa dos Animais; viu aí o termômetro de uma parcela da sociedade até bem pouco tempo excluída do processo político e por isso desdenhada até mesmo por essa mesma imprensa, que hoje dá visibilidade à nossa Causa. Nos últimos meses os canais de TV passaram a exibir vídeos chocantes, cenas de filme de terror que alertaram a sociedade sobre uma realidade que nós conhecemos há muito tempo.

Casos de crueldades se repetem e nada acontece porque temos uma legislação molenga bem ao gosto do brasileiro: em cima do muro, tentando não desagradar as duas partes; só que, no caso dos animais não estamos satisfeitos, queremos mudanças e radicais, não aceitaremos maquiagem na Lei 9605/32, ou qualquer artigo.
Descoisificar o animal não-humano é nosso propósito, dar a ele o estado legítimo de direito como um ser vivo provido das mesmas emoções que as nossas, merecedor portanto, de respeito e reconhecimento Jurídico.
Queremos, não estamos pedindo, estamos sugerindo e exigindo uma legislação onde o crime contra uma vítima sempre indefesa e inocente seja punido com um equivalente ao ato, seja o cometido por adultos ou um "dimenor"; o que importa é o potencial de periculosidade enrustido na mente de quem tortura um ser vivo e segundo as estatísticas do FBI, 85% dos "serial killer" treinaram em seus animais de estimação; se a Lei 9605, em si, oferta a liberdade por sua própria fragilidade, isso significa colocar nas ruas um assassino de humanos como se fosse uma bomba relógio, e a faixa etária não pode ser usada para atenuar a intensidade do ato.
O tempo urge e a cada dia, mais animais sofrem nas mãos de quem deveria estar na cadeia e por isso desejamos ações rápidas, sem as já conhecidas enrolações legislativas, até porque muitos que simplesmente desprezam a Causa irão se aproximar com pele de cordeiro, interessados de última hora.
Uma proposta de iniciativa popular está sendo cogitada; que seja então elaborada com sugestões as mais radicais possíveis, não podemos correr o risco de nossos ideais de Justiça sejam esfacelados pelas inúmeras emendas que serão colocadas no trâmite do Congresso. É aí que entra a maquiagem da bondosa Lei 9605 a que me refiro, não há a menor possibilidade de aceitarmos esmolas.

Com uma lei justa, bem formatada, sem brechas, inteligentemente regulamentada ainda assim precisaremos da trilogia abaixo:
- uma Delegacia Especializada, ou setores determinados em todas as unidades policiais com Policiais voluntários; assim nos livraremos das ironias quando vamos tentar registrar uma ocorrência envolvendo animais;
- uma Promotoria voltada para os crimes contra a fauna não-humana; um processo acusatório bem montado por quem de fato se interessa, dá mais suporte e esperança de que as provas e a verdade não desapareçam dos autos; também com voluntários;
-um Juizado Especial - pouco adiantam as duas etapas acima se o processo cair nas mãos de um Juiz comum que não gosta de bichos e tiver em mãos uma lei idiota.
O que muitos poderão dizer: matam gente... e nada acontece. Então, estabelecemos aí as diferenças: nós, defensores dos animais não somos exatamente acomodados sabemos como exercer em toda sua plenitude a cidadania e não nos conformamos com a impunidade; nenhum de nós vai diante das câmeras de TV perdoar um criminoso, rezar por ele como é comum acontecer, hipocritamente. Ora, se as pessoas perdoam seus algozes, monstros que assassinam seus filhos, como cobrar dos políticos leis mais severas? Esses mesmos políticos estariam na contramão da voz da sociedade boazinha que só vendo. 
Nós, não, não perdoamos, queremos Justiça e Justiça séria, não essa palhaçada legal.
Vamos sacudir essa inércia custosa que é o Congresso. Se nossos políticos não se sensibilizam com os milhares de mortes covardes de pessoas de bem, se ainda criam todos os estímulos, incentivando e premiando marginais com regalias mil, até o abominável auxílio-reclusão, conosco eles terão que justificar seus salários e mordomias.

E se você gosta da nossa disposição, admira nossa coragem, compareça em sua cidade no dia 22 de janeiro na manifestação por uma legislação justa para os crimes cometidos contra os animais. 
Seja bem vindo a um Movimento nascido nas bases, nas raízes populares, um clamor que vem de longe e e agora toma corpo com a inclusão digital o que nos permite uma ampla a troca de informações.
Dedico esse dia aos milhares que choraram pelas injustiças e se foram carregando em seus corações a tristeza da impunidade. Suas lágrimas não foram em vão, estamos aqui, um exército de voluntários armados com muita paixão e uma determinação inabalável. Um exército onde cada um é seu próprio líder.
Aos que chegam agora estou certa de que continuarão essa luta.


"Sou extremista porque quem é moderado na proclamação da verdade, proclama somente a metade da verdade e deixa a outra metade velada por medo do que o mundo dirá." (Gibran)
*Marli Moraes, carioca da gema, é dona de casa, presidente da Resgato, sociedade civil sem fins lucrativos e ativista pelos direitos dos animais. http://resgato.blogspot.com
http://ongresgato.blogspot.com
http://www.debatesculturais.com.br/crimes-contra-animais-a-consagracao-da-impunidade/

Fonte: Pravda


domingo, 15 de janeiro de 2012

Cão salva a vida de 6 filhotes de gato abandonados em lixão de SP


Banzé, um cachorro vira lata, salvou a vida de 6 filhotinhos de gato, que estavam presos em uma caixa de papelão, no lixo de uma praça no bairro do Jardim Aeroporto, SP. Ao ouvir os miados dos gatinhos, Banzé rasgou a caixa e levou um por um para sua casa. Por já ter vivenciado o abandono e a difícil vida nas ruas, Banzé tirou-os dali com a certeza de que seriam salvos da mesma forma a qual ele foi um dia!
Precisamos de ajuda para a castração, vermifugação e vacina dos filhotes.
Os gatinhos estão para adoção, quem tiver interesse por favor entrar em contato em jb.camila@gmail.com — com Sandra.



Mulher que confessou ter assassinado cães e gatos em SP pode ter matado mais de 30 mil animais em 8 anos


Na tarde deste sábado (14) mais de cem protetores se reuniram em frente à casa da mulher que confessou ter matado mais de 30 animais, na Vila Mariana, em SP. Dalva Lina da Silva, de 42 anos, não estava no local. Segundo testemunhas, ela saiu de casa, durante a madrugada, levando dentro de um carro caixas de transporte possivelmente com animais.
Depoimentos de vários protetores, vizinhos e de um detetive apontam que o número de animais mortos é imensamente maior do que o encontrado esta semana. Segundo o detetive particular, contratado por protetores independentes, somente nos 20 dias em que ele esteve vigiando o local, cerca de 300 animais entraram na casa dela e nenhum deles saiu.
Atitude suspeita
O comportamento de Dalva causava estranheza entre alguns moradores da rua. Segundo relato de uma vizinha, que preferiu não se identificar, ela descartava entre 6 e 7 sacos de 100 litros, três vezes por semana (às terças, quintas e sábados), exatamente na hora em que o caminhão de lixo passava. “Era muito lixo para uma casa só”, disse ela.
“Uma casa com três pessoas adultas e uma criança descartar cerca de 2 mil litros de lixo por semana é algo inconcebível. Isto só comprova a prática cruel que ela vinha exercendo todos esses anos”, afirma a ativista Marli Delucca.
Sabendo que ela recebia centenas de gatos e cães por mês e com base nessas informações, estimamos que cerca de 30 mil animais possam ter sido mortos pelas mãos de Dalva nos últimos oito anos, contabiliza Marli Delucca. “A Dalva recebia animais para encaminhar para adoção há cerca de 8, 10 anos. É só fazer as contas”, reforça a protetora Raquel Rignani.
Suspeita-se ainda que ela descartasse mais corpos de animais por caçambas espalhadas pela cidade.
“Muita gente sempre desconfiou dela, mas nunca tínhamos provas”, disse Marilene dos Santos, que também atua na proteção animal. Marilene chegou a formalizar uma denúncia contra Dalva na delegacia, em novembro de 2010, mas nada foi feito.
Só o protetor Lincoln Seiji encaminhou para a falsa protetora, no último mês, 58 animais, acreditando que estava dando um bom destino aos gatos. “Acabamos confiando no demônio que sempre mentiu para todos nós. Ela abriu as portas da sua casa, espalhou os gatinhos na cozinha, mostrou que tinha uma linda criança, gatinhos adultos andando dentro da casa e toda aquela conversa mentirosa dela. Jamais imaginaria que esses animais estariam sendo entregues a uma assassina!”, desabafou Lincoln.
Ameaça
Duas protetoras que estavam no local foram ameaçadas pelo ex-marido da acusada, que saiu do carro com um revólver em sua cintura. “Ele estava armado, e nos ameaçou diretamente ao ver que pedíamos justiça contra essa assassina”, contou Angela Ledesma, uma das protetoras. “Assustadas com o teor da ameaça, registramos um BO pelo 190. A TV Record registrou tudo.”, disse Claudia Sakaki.
Comoção e revolta
O clima durante a manifestação era de tristeza pelas mortes e revolta pela ineficiência da justiça brasileira – principalmente para atos de maus-tratos e crueldade contra os animais, ainda considerados de menor potencial ofensivo pela legislação do país.
Num gesto de pequena homenagem aos cães e gatos assassinados, manifestantes deixaram flores na entrada da casa. Outros levaram cartazes com pedidos de justiça e fixaram no portão.
Entre os manifestantes, havia tutores com seus animais e pessoas de todas as idades, inclusive crianças. Uma delas era um menino que passou pela calçada, olhou para a casa e disse para a mãe: “que casa amaldiçoada!”, exclamou em seu tom espontâneo de criança.
Durante a manifestação, os participantes se reuniram em uma grande roda para rezar pelos animais vítimas da matança.
Mais animais na casa
Preocupados com a hipótese de ainda haver animais dentro da casa, alguns manifestantes, com os ânimos alterados, tentaram quebrar o portão de entrada, para salvar possíveis vítimas que ainda estivessem no local. Mas a polícia interveio, explicando que só poderia adentrar o local com autorização do delegado. 
Flagrante
Na noite do flagrante, quinta-feira (12), o detetive viu a mulher colocando pacotes na calçada e verificou que se tratavam de corpos de animais. Ele contatou os protetores, que chamaram a Polícia Militar. A mulher de 42 anos foi então detida, sob suspeita de matar 39 cães e gatos.

Fonte: ANDA

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Gatos estimulam mercado pet




Independentes, amorosos, sensuais e elegantes. Essas são as quatro palavras usadas por donos de gatos para classificar seus bichanos, segundo estudo feito pelo instituto americano Blackwell Scientific Publications.
E há cada vez mais amantes de felinos no Brasil. A população de gatos em 2010 era de 18,5 milhões ante 17 mi em 2009, mostram dados da Anfalpet (Associação Nacional dos Fabricantes de Produtos para Animais de Estimação). O aumento de quase 9% -- 3.9% de cães no mesmo período -- abre espaço para que o nicho seja explorado.
"Nos últimos dez anos, os produtos [para gatos] vendidos em nossas lojas tiveram aumento de aproximadamente 50%", relata Carla Storino, analista de marketing da Cobasi, rede de lojas voltada para o mercado pet.
Storino reforça que, atualmente, 20% do que a rede oferta tem como foco os bichanos. Com o novo cenário, foram criados corredores exclusivos.
Na Mars, fabricante da linha Whiskas, a linha de alimentos para felinos é de cerca de um terço da produção total da divisão de cuidados para animais, segundo Bianca Sabatino, representante da marca.
Já Fernanda Marques, gerente de produto da Royal Canin, detalha que 12% da produção da companhia vai para as tigelas dos gatos.
A razão para o crescimento do interesse em gatos, segundo os entrevistados, é a verticalização dos grandes centros, somado ao estilo de vida do homem urbano faz com ele opte por uma mascote menos trabalhosa e mais independente.
"Costumo dizer que o gato é o pet do século 21, e que deixou os muros e telhados para habitar os lares dos brasileiros. Ele veio para ficar", avalia Marques.

Fonte: Folha UOL

domingo, 1 de janeiro de 2012

Filhote resgatado com cortes no pescoço é adotado em SP




A história do cãozinho vira-lata, resgatado na última quarta-feira após agonizar por mais de 24 horas com o pescoço cortado, em São José do Rio Preto, interior de São Paulo, termina com um final feliz. Nesta sexta-feira, o filhote, de 30 a 50 dias de vida, ganhou nome e um novo lar, enquanto se recupera dos ferimentos – recebeu dez pontos em cada dos dois grandes e profundos cortes no pescoço -, que quase o levaram à morte.
Os cortes foram feitos com uma faca de serra de cozinha pelo irmão da antiga tutora, o desempregado Cristiano da Silva, 31 anos, que ficou revoltado com o choro do animal à noite e, depois de tentar estrangular, cortou o pescoço a fim de degolar o animal, na manhã de terça-feira. Silva só não conseguiu matar o cãozinho porque uma vizinha interferiu e ligou para o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), cujos agentes foram até a casa de Silva e resgataram o animal, na quarta-feira.
Depois de ler o noticiário na internet, a bancária Thatiana Rodrigues Galvão, 22 anos, mandou e-mail para o CCZ se oferecendo para adotar o animal. “Quando vi o noticiário no Facebook fiquei horrorizada. Não acreditei que pudessem fazer uma coisa dessas com um filhotinho. Ele ainda nem tem todos os dentes”, disse.
Na sexta-feira, Thatiana recebeu a notícia de que poderia adotar o animal. “Fiquei muito feliz e fui ontem à tarde buscá-lo”, disse. A doação ocorreu porque o CCZ fechou para as festas e não havia ninguém no órgão para cuidar do cãozinho, que precisa de cuidados 24 horas por dia.
Daniel – nome dado ao filhote – chegou em casa e recebeu a companhia de outros três cães, adotados anteriormente por Thatiana. “Eles fizeram amizade rapidamente. Depois de comer e beber água ele dormiu a tarde toda”, contou.
Ela disse ter ficado impressionada com a fragilidade em que encontrou o animal. “Ele se encolhia todo, fiquei com muita pena dele”, disse. “Ele não pode sentir cheiro de leite que passa a reclamar e chorar”, diz. Mas de noite, ao contrário do que ocorria na casa dos antigos tutores, Daniel não chorou. “Ele dormiu no meu quarto, numa caminha no chão. (…) Mas para isso, tive de deixar uma peça de uma roupa minha para que ele cheirasse e não ficasse querendo dormir na minha cama”, relatou. “Ele só chora se ficar sozinho.”
O bichinho se tornou o xodó da casa onde Thatiana mora com os pais e uma irmã, de 19 anos. A bancária diz acreditar que o cãozinho possa ter passado por outros maus-tratos. “Reparei que ele chorava ao fazer as necessidades. Talvez isso aconteça por ter sido repreendido na outra casa por ter feito em lugar errado”, diz. Para evitar, Thatiana usa de psicologia. “Quando ele vai fazer as necessidades fico perto dele, converso e o acalmo, e nem ligo de que seja no tapete – porque essas coisas se ensinam quando o animal é mais velho. Daí ele faz com calma e não chora”, diz. Thatiana deve voltar na sexta-feira ao veterinário para retirar os pontos do filhote.

Fonte: ANDA