Total de visualizações de página

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Tatuapé deve ter 1º hospital público de cães e gatos do País


SÃO PAULO - O Tatuapé, na zona leste de São Paulo, vai ganhar o primeiro hospital público para cães e gatos do Brasil. O projeto faz parte das ações da Coordenadoria Especial de Proteção a Animais Domésticos, criada nesta quarta-feira, 23, pelo prefeito Gilberto Kassab (PSD).
O projeto, proposto pelo vereador Roberto Trípoli (PV), será formalizado na semana que vem, quando a Prefeitura assinará contrato com a Associação Nacional de Clínicos Veterinários de Pequenos Animais de São Paulo (Anclivepa-SP). A entidade será responsável pela gestão do hospital.
"É uma ação inédita no País. Vamos quebrar paradigmas e espero que isso se estenda a outras cidades", afirma o conselheiro da Anclivepa-SP, Wilson Grassi Júnior. Além de oferecer tratamento a animais de famílias carentes, o hospital servirá como escola para alunos de cursos de especialização veterinária ministrados pela associação.
As instalações ficarão em um prédio que pertence à Anclivepa-SP, onde a associação já tinha planos de criar um hospital. "A Prefeitura nos procurou para que uníssemos nossos projetos. Assim, poderemos potencializar nossas ações", disse Júnior. Segundo ele, o hospital deve entrar em funcionamento 30 dias depois de assinado o contrato.
Para o presidente da Associação Humanitária de Proteção e Bem-Estar Animal (Arca-Brasil), Marco Ciampi, a iniciativa tem uma importância social. "Foi dado um passo além na proteção aos animais. Teremos agora a possibilidade de oferecer tratamento veterinário para camadas da população que não teriam acesso de outras maneiras", afirmou. O ativista acredita que o hospital poderá colaborar inclusive para que o número de animais abandonados na capital diminua. A Prefeitura calcula que a população total de cães e gatos em São Paulo seja de 3 milhões.
Zoonoses. Com a criação da Coordenadoria, o Centro de Controle de Zoonoses de São Paulo (CCZ) não será mais o único local de atendimento, proteção e encaminhamento de animais. Marco Ciampi vê com bons olhos a perda de algumas funções do local. "As políticas de prevenção emanavam de um único centro, o que complicava a logística e centralizava a atuação. O CCZ ganha, pois deixa de ser um órgão que apaga incêndios." Apesar disso, o ativista ressalta que o número de centros ainda é insuficiente. Segundo ele, o ideal seria ter 12 locais do tipo.
Parte do orçamento destinado à coordenadoria, de R$10 milhões, será usado para a construção de um Centro de Adoção de Animais na sede do CCZ, em Santana, zona norte. Segundo Grassi Júnior, a verba destinada ao hospital neste ano será suficiente para comprar equipamentos e garantir o funcionamento do hospital por um ano.
Na assinatura do termo de compromisso nesta quarta-feira, 23, o prefeito e o secretário municipal de Saúde, Januário Montone, afirmaram que a criação do hospital e do centro darão às políticas de proteção mais independência e agilidade.


Centro faz festa junina para incentivar adoção de cães e gatos

O Estado de São Paulo

Ação de órgão público na zona norte vai promover até quadrilha para apresentar os bichos a donos em potencial.

Felipe Tau
Animais rejeitados para adoção, por causa de deficiência ou da aparência, terão a chance de mudar de vida amanhã. Eles vão participar de uma festa junina, das 10 às 16 horas, no Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), com direito a quadrilha para conquistar novos donos. Serão dois desfiles de cães ao longo da tarde, com os bichos vestidos com chapéu e camisa xadrez. Para as crianças, haverá barracas com jogos e comidas típicas.
A brincadeira é feita para apresentá-los aos visitantes - algo muito importante para o grupo dos rejeitados: cachorros e gatos pretos, animais idosos, de raças consideradas agressivas ou portadores de deficiência física. 
A tarefa de adoção não é fácil. "Muitos animais ficam sob os cuidados dos protetores até morrer", dia Ângela Caruso, diretora da ONG Quintal de São Francisco, que abriga 94 cães e 21 gatos, todos idosos.
No CCZ, há vários exemplos de rejeição. A vira-lata Suzan chegou ao centro em junho passado, depois de ser abandonada e atropelada. Paraplégica, ainda não achou um lar. Os pit bulls são os que enfrentam a maior resistência: há 136 para adoção.
Até animais saudáveis são preteridos, como os gatos pretos. Para alguns, são sinônimos de azar. Uma adoção ocorrida na tarde de ontem ilustra o perfil de animal mais procurado: filhotes saudáveis. Foi a escolha de Sara Ribeiro, de 8 anos, feliz da vida com o cachorro Bob, de 2 meses.
Existe, porém, final feliz para a história de alguns animais. Elisa Hidemi, de 28 anos, há 2 meses adotou o vira-lata Kiko, que teve uma pata dianteira amputada. "É mais difícil cuidar, mas me apaixonei de cara." Na última festa de adoção do CCZ, no dia 17 de março, 80 animais foram adotados. Só dois eram deficientes.
Para dotar é preciso apresentar CPF, RG e comprovante de residência. A única taxa cobrada é de R$ 16,20, para obtenção do Registro Geral Animal (RGA).

Serviço
Festa de adoção no Centro de Controle de Zoonoses (CCZ):
Amanhã, das 10 às 16h. Na Rua Santa Eulália, 86, em Santana.
Tel.: (11) 3397-8900. Os desfiles de cães serão às 11h:30 e 14h:30.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Achei um gatinho bebê, o que devo fazer?





Essa é uma pergunta que muitas vezes me fazem.
Infelizmente a crueldade em tirar da mãe filhotes muito pequenos, bebês incapazes de sobreviver sozinhos, é coisa comum de acontecer. 
Por incrível que pareça, alguns humanos acham “uma maldade castrar seus animais”, mas não vêem maldade em abandonar à própria sorte ou até mesmo sacrificar, filhotes que não desejam.
Por isso tantas pessoas encontram bebês gatos nas ruas.
Se isso acontecer, antes de tudo, não entre em pânico.
Se você dispõe de paciência, tempo, amor e determinação, você está apto a realizar esta trabalhosa tarefa. E acredite, a recompensa pelo trabalho no final é imensa.
É trabalhoso sim, mas o período mais difícil, trinta dias iniciais de vida, é bem curto.
Passei por essa experiência antes de ser Veterinária. Por isso acho que conheço os dois lados do problema. 
Hoje existem produtos no mercado, como leite em pó para gatinhos e mamadeiras próprias, que facilitam bem a tarefa, coisa que na época não havia. Era na base do improviso.

Em março de 1986, encontrei 3 gatinhos, irmãos de ninhada, abandonados na rua dentro de um saco de papel. Acredito que tinham por volta de 15 dias.
Foi muito trabalhoso, mas como recompensa ganhei o amor incondicional de meus “filhos gatos” – Tara Elvis, Sheeba e Docinho.
Eles já não estão mais entre nós, fisicamente.  Docinho se foi com 11 anos. Tara e Sheeba com 15.  O amor, lealdade e companheirismo são inesquecíveis e continuam comigo eternamente. Por isso digo que vale a pena!
Se você encontrou um bebê gato, a primeira coisa a fazer é levá-lo a um veterinário assim que for possível. Ele irá examiná-lo, ver seu estado de saúde, calcular sua idade e orientar você a respeito dos cuidados, vacinas, etc.
Se notar que o gatinho está muito desidratado,  não responde a estímulos, debilitado por não se alimentar há muito tempo, você pode dar  Pedialyte sem sabor, que se compra em qualquer farmácia, ou passar glucose de milho (Karo) na sua gengiva para elevar o nível de açúcar no sangue. Com isso você ganhará um tempo precioso para conseguir chegar ao veterinário mais próximo.  
Se você já tiver outros gatos em casa, o gatinho deverá ficar de quarentena. Isso evitará que  ele passe, caso tenha, alguma doença para os gatos já existentes.
A separação também evitará acidentes, já que ele é pequeno e indefeso. Os mais velhos podem considerá-lo uma ameaça, um estranho que invadiu seu território. É necessário um tempo de exposição lento e gradual, sob supervisão, para que se acostumem uns aos outros. Mas não nessa fase do pequeno.
Providencie uma caixa de papelão forte. Se estiver em época de frio, forre com bastante jornal, toalhas velhas mas macias, cobertores velhos, etc. para deixá-lo aquecido. Isso é muito importante. O frio pode matar um filhote em pouco tempo. Se no lugar onde você mora faz muito frio, será necessário algum tipo de aquecimento, como uma bolsa de água quente colocada debaixo de toalhas. Mas por favor  CUIDADO, não é para assar os pequenos, mas sim aquecê-los. Cuidado com a temperatura. Calor em excesso também pode ser fatal.
A caixa dos gatinhos deve ficar em local protegido de correntes de ar, calmo e com pouco barulho. Você pode colocar uma tolha por cima da caixa, deixando, é claro, uma abertura para a passagem e renovação de ar. A tolha manterá a caixa aquecida e no escuro, ajudando os pequenos a dormir.
Se você tiver algum bichinho de pelúcia ou algodão, lavável, pode colocá-lo na caixa. Assim eles terão a sensação de estarem com a mãe e ficarão mais tranqüilos.



Procure num bom Pet Shop por leite em pó específico para gatos e mamadeira. Em caso de emergência, até conseguir comprar o necessário, você pode improvisar com conta-gotas ou mesmo pequenas mamadeiras para bebês (chucas) tomarem chá ou remédio. Use leite para bebês, como o Nanon ou mesmo leite de vaca, mas isso por muito pouco tempo, já que esses tipos de leite causam diarréia. 
Se onde você está não existe leite para gatinhos, você pode utilizar uma receita especial de suscedâneo:
Receita do Suscedâneo:

1 litro de leite Integral
2 gemas
2 colheres de sopa de creme de leite
1 colher sopa de açúcar
1 pitada de sal

Modo de Preparo: Bata as gemas, acrescente o leite e coloque a ferver.
Quando estiver fervendo, coloque os demais ingredientes. Deixe esfriar.
Dar a mamadeira a filhotes tão pequenos pode ser um grande desafio. Mas tenha calma e paciência. É tudo uma questão de tempo, prática e adequação para ambas as partes.
O importante é que o filhote se sinta estimulado a mamar. No início não vai ser fácil, já que ele não irá reconhecer naquela coisa de borracha as tetas de sua mãe. Mas a fome e o instinto de sobrevivência sempre falam mais alto. Para que ele não desista de sugar o bico da mamadeira, o tamanho do furo é muito importante. Se for muito pequeno ele se cansará logo e desistirá de mamar. Mas também não pode ser tão grande que ele se engasgue.
Se o gatinho se recusar a mamar, tente mudar a posição da mamadeira, do bico na boca, mude a posição do gatinho, até descobrir a forma que dá mais certo. A minha Docinho só mamava de barriga pra cima, em qualquer outra posição ela se recusava a mamar.
Se depois de tudo, ele continuar a se recusar, procure a ajuda de um veterinário.
Fique atento à quantidade que o gatinho mama e se perde peso. Eles devem mamar com intervalos regulares, que vão se espaçando a medida que crescem. Com 4 semanas, época do desmame, eles mamam apenas 2 vezes ao dia, já que comem papinha além da mamadeira.
Com 3 semanas você pode iniciar o processo de desmame. Geralmente não é difícil e os pequenos gostam de experimentar novos sabores. Acrescente ao leite, um pouco de sopa de bebê, batida no liquidificador.
Essa sopa é feita com legumes variados, carne branca de frango, um cereal (arroz, aveia, ou outro), um pouquinho de sal. Deixar cozinhar bem e depois de frio bater no liquidificador até ficar homogêneo. Ofereça morna.
Com 4 semanas ofereça a sopinha num pires, em pouca quantidade. Eles vão se sujar, mas estão aprendendo a comer sozinhos, e isso é ótimo pra você!
Após a festa, limpe-os com pano úmido em água morna, seque-os bem para que não sintam frio.




Outro ponto importante é a higiene. Você certamente não irá gostar, mas terá que substituir a mãe nessa tarefa também. Quando muito pequenos, os gatinhos só evacuam e urinam quando estimulados pelas lambidas da mãe, quando esta os lava após as mamadas. Calma, você não precisa lambê-los! Um algodão embebido em um pouquinho de água filtrada  morna já faz o serviço. Aproveite para limpá-los de resíduos de leite, fezes e urina, para que o local onde dormem e passam todo o tempo esteja sempre limpinho. Troque regularmente toalhas, jornais, etc.
Até abrirem os olhos, por volta de 10 dias, os gatinhos costumam produzir muito pouca fezes. Mas se não fizerem nada por mais do que dois dias, procure a ajuda do veterinário.
Com 3 semanas de idade, você pode fazer aos pequenos a primeira apresentação a uma caixa sanitária. Utilize uma caixa baixa e pequena, coloque um pouco de granulado sanitário e deixe que explorem a caixa. Se puder coloque um pouquinho das  “necessidades” na caixa, isso irá ajudar na aprendizagem. O instinto de enterrar na areia é natural e não precisa ser ensinado.
O período de 2 a 7 semanas é muito importante para a socialização. O contato positivo com humanos diferentes nessa fase, fará com que o gato cresça amistoso.